A Citroën completou 100 anos em março e aproveitou a efeméride para anunciar quatro produtos novos até 2023 - um por ano, a partir de 2020.
Não serão reestilizações de veículos que já são vendidos por aqui. “Todos serão inéditos”, garantiu Ana Theresa Borsari, presidente da PSA Peugeot Citroën.
Além disso, para comemorar o primeiro centenário, foram apresentadas séries especiais, chamadas Origins, para C3, C4 Cactus, C4 Lounge e Aircross.
Todas as edições comemorativas são baseadas nas unidades topo de cada modelo. O Citroën C3 Origins, por R$ 71.990, é equipado com câmbio automático de seis velocidades e fica R$ 2.000 mais caro que a versão Exclusive.
Já o Aircross é R$ 2.500 mais caro na configuração centenária, partindo de R$ 75.490. O C4 Cactus custa R$ 104.490 (acréscimo de R$ 4.500) e o C4 Lounge sai por R$ 107.490 (R$ 1.500 a mais). Os dois últimos são equipados com motor 1.6 THP de 173 cv.
Todas as versões Origins possuem teto pintado de preto, rodas de liga leve de 16 polegadas escurecidas, logotipo alusivo a versão acima da caixa de roda e adesivos com a cor dourada nos retrovisores e na traseira, abaixo do nome do carro.
Por dentro há a inscrição “Origins” costurada no encosto dos bancos dianteiros e nos tapetes.
Os assentos são revestidos de couro, mas o C4 Lounge se diferencia por ter bancos com couro e Alcantara. Ao todo são 550 unidades da versão centenária, sendo 300 do C4 Cactus, 50 do C4 Lounge, 100 do Aircross e 100 do C3.
A história da Citroën começou em março de 1919, quando André Citroën decidiu criar o seu primeiro veículo, o 10 HP Type A. O automóvel tinha motor de apenas 18 cv e atingia 65 km/h de velocidade máxima. Foram 24 mil unidades produzidas no total. Depois disso, a Citroën já fabricou mais de 300 modelos diferentes em sua história.
Apesar dos belos números, a marca francesa só desembarcou oficialmente no Brasil em 2001, quando começou a produzir e vender o Xsara Picasso. “Estamos aproveitando este ano para comemorar essa data tão importante para a Citroën. As celebrações vão até o final de 2019”, afirma Ana Theresa Borsari, presidente do grupo PSA no Brasil.
A ofensiva da marca agora se volta para serviços, uma tentativa de mudar a imagem de que seus carros são frágeis. “Nosso programa de pós-vendas tem compromissos inéditos de fidelização, como reboque gratuito durante oito anos, abastecimento de fluidos na rede de concessionárias, rodízio de pneus grátis e carro reserva”, diz.
Para aumentar a cobertura em território nacional, a Citroën pretende ainda abrir 29 revendas até o final de 2019; a meta é ter 190 pontos de venda até 2022 - hoje são 93.
E O CARRO ELÉTRICO?
A francesa ainda não tem perspectivas de trazer veículos eletrificados ao país. Apesar de planejar lançar um carro inédito por ano, a demanda do mercado brasileiro precisa crescer para que a Citroën importe modelos híbridos ou elétricos.
“Nossas plataformas estão preparadas para serem multicombustíveis e, por isso, pensamos na eletrificação de veículos aqui para o Brasil também. Ela nos deixa prontos para oferecermos essa tecnologia assim que houver demanda”, finaliza Borsari.
Os cinco Citroën que fizeram história no Brasil
O diretor de marketing da Citroën, Antoine Gaston-Breton, elencou os cinco carros mais marcantes da empresa no país.
Xsara Picasso
Foi o primeiro modelo fabricado pela Citroën no Brasil. Entrou em produção da fábrica de Porto Real (RJ) em 2001, tendo sua última unidade produzida em 2012.
O carro chegou com motor 2.0 de 115 cv. Em 2008, passou por mudanças estéticas e técnicas, ficando mais potente com seus 136 cv.
“O Xsara Picasso chegou para quebrar paradigmas. Não existia o segmento de monovolumes compactos e ele foi o carro que melhor representou essa categoria. Levou a Citroën para outro patamar no Brasil”, comenta o diretor.
C3
Também produzido em Porto Real, o C3 foi lançado no Brasil em 2003. O hatch que ganhou fama por seu design arredondado era equipado com motor 1.6 16V de 110 cv.
Entre os diferenciais estava a recheada lista de itens de série, como ar-condicionado, direção elétrica e painel digital.
No ano seguinte foi lançada a versão com propulsor 1.4de 75 cv. O intuito era conquistar clientes que queriam um carro mais barato. Por ser importado, o preço não era tão vantajoso em relação à versão fabricada aqui. Já a versão flex, lançada em 2005, foi responsável por quase dobrar as vendas do modelo no país.
A segunda geração, apresentada em 2012, também trouxe novidades, como o enorme pára-brisa que se estendia até a altura da cabeça do motorista. O motor, recalibrado, oferecia 122 cavalos - mais do que o atual 1.6, com seus 118 cv com etanol.
Aircross
Para não ficar conhecido como a versão aventureira do C3 Picasso, a marca colocou um nome diferente para não haver referência ao monovolume compacto.
O Aircross foi lançado em setembro de 2010 com propulsor 1.6 flex de 113 cavalos.
Três anos depois de sua estreia no Brasil, o Aircross adotou o mesmo motor de 122 cv do C3. Já em 2015 passou por uma reestilização que sobrevive até hoje. “O Aircross fez a melhor síntese entre um SUV e um monovolume”, diz Gaston-Breton.
C4 Cactus
O C4 Cactus foi revelado no Salão de Genebra de 2014, mas só chegou aqui no ano passado. Ele é comercializado em versões com motor 1.6 aspirado (de até 118 cv ou 122 cv com etanol) e 1.6 turbo (173 cv). “Já vendemos mais de 10 mil unidades desde o começo das vendas, há nove meses.”
Jumpy
Antoine afirmou que não poderia deixar de fora os utilitários voltados para o trabalho. “O Jumpy tem capacidade de carga de 1.500 kg e 1,93 m de altura, o que facilita o trabalho e a entrada em diversos locais para fazer entregas.”
O utilitário é produzido desde 1994, mas no Brasil é comercializado desde outubro de 2017. É equipado com propulsor 1.6 turbodiesel de 115 cv e transmissão manual de seis marchas.
Fonte: Revista Auto Esporte