Fora de linha desde março de 2021, o Citroën C3 está de volta, bem diferente do modelo com o qual estávamos acostumados, trazendo a missão desafiadora de alavancar as vendas da marca francesa no Brasil.
Anunciado pela respectiva fabricante como um "hatch com atitude de SUV", o novo C3 2023 lançado no Brasil é bem diferente do modelo europeu e tem mesmo dimensões e jeito de utilitário esportivo compacto. A novidade aposta no design ousado e nos preços acessíveis para conquistar os consumidores, estreia como um dos automóveis mais baratos do Brasil.
Fabricado em Porto Real como seu antecessor, o C3 agora mede 3,98 m de comprimento, 1,73 m de largura e 2,54 m de distância entre-eixos e pesa 1.037 kg na opção menos equipada. O porta-malas tem capacidade de 315 litros.
Quanto à parte mecânica, traz duas opções de motor: 1.0 Firefly flex de três cilindros, com até 75 cv e 10,7 kgfm, sempre acompanhado de transmissão manual de cinco marchas; e 1.6 bicombustível de quatro cilindros, capaz de render 120 cv e 15,7 kgfm, gerenciado por transmissão manual de cinco velocidades ou automática de seis.
São ao todo cinco versões, mais a edições especial de lançamento First Edition com motor 1.0 ou 1.6, limitada a 2.000 unidades, Todas as variantes são equipadas apenas com os dois airbags frontais obrigatórios por lei, bem como controles de tração e estabilidade e freios a disco na dianteira e a tambor na traseira.
Acessível e espaçoso, considerando o porte compacto, são palavras que definem a novidade da Stellantis.
Além disso, o painel de instrumentos é digital, com tela monocromática.
Essa tela reúne as informações fundamentais e dispensa "luxos" como conta-giros, mas é honesta na proposta de priorizar o relativamente baixo custo de aquisição.
Para ficar mais barato, o novo C3 também traz uma cabine simples, toda forrada com plásticos rígidos - inclusive no apoio de braço nas portas.
Os bancos são de tecido até na versão topo de linha e apenas a partir da configuração Live Pack o assento do motorista tem ajuste de altura. Além disso, somente do C3 Feel para cima o volante tem ajuste de altura.
Já a regulagem de profundidade da direção está indisponível em toda a gama.
O C3 oferece muito mais espaço interno, principalmente no assento traseiro, onde duas pessoas conseguem viajar confortavelmente - e têm à disposição duas portas USB para recarga de celulares na versão Feel Pack.
O porta-malas com 315 litros de capacidade também merece destaque em um carro com menos de quatro metros de comprimento.
Ele é construído sobre a plataforma CMP, bastante atual e que serve de base para modelos mais sofisticados de Citroën.
Essa base estrutural viabilizou a construção do hatch com 86% de aços de alta e ultra-alta resistência, o que deu ao C3 boa rigidez estrutural, o que possibilitou um ajuste de suspensões mais macio, sem comprometer a dirigibilidade.
O uso da nova plataforma também permitirá eventual oferta de mais equipamentos tecnológicos e de segurança sem grandes adaptações nem investimentos, informa a Citroën.
Tive apenas um rápido contato com o lançamento na semana passada, na capital fluminense, durante o qual pude dirigir o carro com motor 1.6 e câmbio automático por alguns quilômetros em circuito urbano.
Pesando um pouco mais de uma tonelada, o C3 tem fôlego de sobra com o motor de maior cilindrada.
Ao volante, logo chama a atenção a posição elevada de dirigir - segundo a Citroën, é cerca de 10 cm mais alta na comparação com a média dos hatches compactos - e o rodar bastante confortável.
Essas características, somadas aos 18 cm de altura mínima do solo e aos balanços dianteiro e traseiro curtos, fazem do C3 uma opção bem preparada para encarar os buracos, valetas e lombadas das nossas maltratadas vias urbanas.
Fonte: UOL Carros